segunda-feira, 6 de junho de 2011

Jack Johnson diz que escreveu 'To the sea' em homenagem ao pai, morto recentemente


RIO - O mundo pop tem dessas coisas. Em meio a Lady Gaga, Britney Spears e tantas outras divas cercadas de superprodução e videoclipes milionários, eis que surge um cara, sem camisa e com um violão nos braços, ocupando o topo da lista de vendas de CDs. O havaiano Jack Johnson é uma figura quase inadequada para encabeçar esse ranking , mas chegou lá quando lançou seu quinto álbum, "To the sea" (2010), que teve 250 mil cópias vendidas só na sua primeira semana nos EUA. Hoje, dez anos depois de seu primeiro CD, o bastante elogiado "Brushfire farytales" (2001), ele se diz a pessoa mais confusa sobre as razões de tanto sucesso.
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- Se tem alguém confuso a respeito disso sou eu (risos). Eu só mantenho as coisas bem simples e tudo continua dando certo. Me sinto o cara mais sortudo do mundo - conta o músico de 36 anos, que faz um show este domingo, às 20h, na HSBC Arena (o ingresso custa R$ 260, mas estudantes pagam meia).
Surfista desde os 5 anos, Jack enveredou pela trilha da música aos 17 anos. Ele ainda não encostou numa prancha durante a grande turnê que faz pelo Brasil, mas, nesta conversa por telefone, o compositor conta que pegou onda de peito e até jogou futebol numa praia do Guarujá, em São Paulo ("Não sou dos piores").
O GLOBO: Sua turnê brasileira está passando por várias cidades. Como têm sido esses dias no nosso país?
JACK JOHNSON: Muito divertidos. Estou andando bastante por aí. Ainda não consegui surfar, mas peguei umas ondas de peito no Guarujá, quando estive em São Paulo. Foi legal porque uns caras me reconheceram na água, e aí acabamos jogando futebol na areia. Nunca gostei de beisebol ou basquete, mas futebol eu já tinha jogado várias vezes antes. Não sou dos piores.
Você é um cara simples, assim como seus vídeos e sua música. Por que acha que conseguiu chegar ao topo dos rankings de vendas de discos, ao lado de tantos rappers e divas superproduzidas como Lady Gaga e Beyoncé?
JACK: Se tem alguém confuso a respeito disso sou eu (risos). Eu só mantenho as coisas simples e tudo continua dando certo. Me sinto o cara mais sortudo do mundo. Não preciso de grandes produções ou coisas do tipo. Nos clipes, a gente só quer fazer algo divertido e fácil. Não sei por que tantas pessoas compram meus discos. Só posso pensar que é porque as canções são muito pessoais, e acho que muita gente se identifica.
O último CD, "To the sea", mantém a atmosfera simples, mas tem um significado especial. Fale um pouco sobre isso.
JACK: A referência do título é muito pessoal ("To the sea" significa algo como "em direção ao mar). O mar era para onde meu pai me levava quando eu era criança. Dentro d'água, me sinto filho do meu pai, mas, ao mesmo tempo, hoje sou pai de três filhos pequenos e os levo sempre para o mar também. Além disso, meu pai morreu na época em que eu escrevia a letra. O mar é um lugar presente no meu subconsciente, onde posso me conhecer melhor.

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